Entre 2001 e 2012, a frota de veículos no Brasil saltou de 35 milhões para 76 milhões, de acordo com Relatório do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Esse crescimento significativo foi de 138%.

De acordo com especialistas, esse aumento reforça a urgência em discutir o assunto, responsável por causar danos sérios que afetam a natureza e a saúde da população. Fica evidente a necessidade de adotar medidas alternativas para o transporte, melhorar o transporte coletivo e estimular a utilização de veículos elétricos, como diciclos e monociclos.

Afinal, a melhoria do transporte coletivo faria com as pessoas deixassem os carros mais vezes na garagem e utilizassem outros meios para chegar ao trabalho diariamente. Além disso, os transportes elétricos são opções sustentáveis e inovadoras para favorecer a mobilidade urbana.

Aumento da frota de veículos traz problemas para saúde

Além do caos nas estradas, a população também sofre com problemas de saúde por causa do crescimento desenfreado da frota nacional. Lançada em 2015, resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) liga a poluição atmosférica à morte de mais de oito milhões de pessoas no mundo todos os anos.

Com o objetivo de realizar uma analise mais precisa dos danos ao bem estar geral, o Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que, apenas em São Paulo, a poluição do ar provoca quatro mil mortes prematuras por ano, além de diminuir a expectativa de vida em 1,5 anos.

O estudo também sugere uma reflexão em escala global. Pois, se não forem definidas ações emergenciais, a poluição pode se transformar na principal causa ambiental de mortalidade precoce até 2050.

Combustível fóssil é principal fator de risco para saúde e meio ambiente

Além de todos os problemas para a saúde da população, os engarrafamentos também comprometem a natureza. Os vapores despejados no meio ambiente em função da queima de combustível aumentam a temperatura nas regiões de maior concentração de carros. Nesses locais, a temperatura chega a atingir 4°C a mais do que no restante da cidade.

Conforme especialistas em mobilidade urbana, existem diversos fatores que agravam os problemas para a saúde dos habitantes e para o meio ambiente, mas nenhum deles supera o combustível. A queima de combustível ocasiona a emissão de gases, vapores, fuligem e enxofre, fortemente prejudiciais ao organismo.