Com o aumento da frota de veículos nas principais cidades do Brasil, os ciclistas tentam conseguir um pouco mais de espaço e de atenção dos seus governantes. Afinal, o estimulo ao uso da bicicleta pode ser fundamental para reduzir os congestionamentos e melhorar a mobilidade urbana.
De acordo com um estudo realizado pelo Portal de Notícias da Globo, o G1, todas as capitais do país somadas contam com cerca de 1.200 quilômetros de ciclovias, o que represente somente 1% do total da malha viária das cidades, que tem quase 98 km mil de ruas.
Hoje em dia, o Brasil possui aproximadamente 70 milhões de bicicletas, porém, não existem muitos locais exclusivos e seguros para que os ciclistas possam trafegar, especialmente, nos grandes centros urbanos.
Entretanto, existem municípios que tem conseguido dar um pouco mais de atenção a esse meio alternativo de transporte nos últimos anos e programado investimento em obras de mobilidade inteligente.
Cidades que mais investem na construção de ciclovias
Recentemente, a Prefeitura de São Paulo tomou uma atitude histórica ao restringir a circulação de veículos na Avenida Paulista aos domingos, entre às 10h e às 17 horas. Desta forma, a população pode aproveitar tranquilamente mais um espaço de entretenimento. A cidade também tem conquistado elogios ao apostar na construção de novas ciclovias, mas, ainda não é a líder nacional nesse quesito.
De acordo com dados obtidos junto a prefeituras e à União dos Ciclistas do Brasil (UCB) e organizados pelo site Mobilize Brasil, o distritof ederal é o grande destaque. Entre 2011 e 2015, Brasília superou o Rio de Janeiro e se tornou a cidade com maior estrutura cicloviária do Brasil com aproximadamente 440 quilômetros, o Rio de Janeiro aparece na segunda colocação com aproximadamente 400 km e os paulistanos aparecem na sequencia com 265 km.
Já Rio Branco (AC) tem a maior proporção em relação à malha (7,4%) e ao número de habitantes. Em entrevista ao G1, o diretor da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco, Ricardo Torres, afirmou que já virou regra no município fazer uma obra de infraestrutura viária com a previsão também para o investimento no transporte não motorizado.
Para ter noção, Amsterdã, capital da Honda e a cidade que serve de modelo para o transporte em duas rodas, conta com 400 km de ciclovias. Mas, a sua extensão territorial e a sua população é consideravelmente menor que a do Rio de Janeiro, por exemplo.
Cidades que investem pouco no transporte alternativo
Segundo informações levantadas junto às prefeituras das capitais e à União dos Ciclistas do Brasil (UCB) e divulgadas pelo site Mobilize Brasil no jornal Zero Hora, entre as maiores cidades brasileiras que investem menos em espaços próprios para a circulação de bikes aparecem Salvador, Manaus e Porto Alegre.
Atualmente, Manaus, capital do Amazonas, possui apenas seis quilômetros de ciclovias e Salvador conta com cerca de 24 km de faixas exclusivas. Apesar de ter um ousado Plano Diretor Cicloviário com previsão da construção de 500 km de vias destinadas aos ciclistas, a capital do Rio Grande tem somente 25 km prontos.
Planos para ampliação das ciclovias
A Prefeitura de Porto Alegre não é a única a contar com planos específicos para a construção de ciclovias. A Administração de Manaus tem o objetivo de construir 80 km até o fim do próximo ano.
Já a gestão da maior cidade de São Paulo tem o intuito de implantar 400 de infraestrutura cicloviária na cidade, sendo 150 km de vias colocadas paralelamente aos novos corredores do sistema público de transporte.
E a Cidade Maravilhosa também tem uma meta bastante interessante, levando em consideração a realização do maior evento esportivo do mundo no ano que vem. De acordo com informações Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro publicadas na Agência Brasil, a meta é concluir 450 km de extensão de vias destinadas aos ciclistas até a cerimônia oficial de abertura dos Jogos Olímpicos.
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